Oi gente,
Esse é o último post da série de viagem sozinha. Se você não viu os outros, confere lá.
Viajando sozinha – parte 1
Viajando sozinha –parte 2
Viajando – São Paulo
Saí de São Paulo debaixo de chuva e cheguei a Curitiba com um frio inesperado, pelo menos para mim. Já tinha ido a Curitiba de passagem duas vezes, mas em nenhuma delas tinha dormido na cidade. Na primeira passagem estava muito sol, na segunda, peguei chuva, mas ainda não conhecia o frio do verão.
Cheguei perto de 8h da manhã e o termômetro perto da rodoviária marcava 13 graus. Era dia 23 de Dezembro, o verão já tinha começado oficialmente, mas lá estava, 13 graus e uma chuva fininha que não tinha cara de que ia parar tão cedo. É claro que minha mala não tinha roupas de inverno, só dois casaquinhos finos, uma legging, que eu pretendia lavar, e uma calça jeans. Vários shortinhos e blusinhas sem manga. Pensa no desespero. Pra quem não me conhece, eu sinto MUITO frio, morro de frio no inverno de 18 graus do Rio de Janeiro. Sério.
Museu Oscar Niemeyer ou Museu do Olho – Curitiba/ PR
Ok, vou tentar não me prender mais ao frio, acho que já deu pra entender que, pra mim, foi algo marcante. Fica a dica de conferir como é o clima no lugar que você vai. Bom, o hostel já estava reservado, dessa vez usei o booking mesmo. Curitiba é uma cidade menor, com menos opções de hostel e me senti segura de escolher por lá. Fiquei no Motter Home, um hostel bastante bem localizado. Peguei o ônibus na frente da rodoviária e desci relativamente perto do hostel.
Achei que, como Curitiba tem um sistema de tubos nos pontos de ônibus, seria muito fácil andar por lá, mas me enganei. Na verdade achei bem complexo. Bom, existem esses tubos que são pontos de ônibus que você paga para entrar. Estando dentro, pode pegar um ônibus, descer em outro tubo e de lá pegar um novo ônibus sem pagar outra passagem. Achei que seria semelhante ao metrô, mas com ônibus. Não sei se foi meu desconhecimento, mas não achei nada simples. Primeiro que não existe algo semelhante ao mapa do metrô, onde de uma estação você pode traçar, com facilidade, um caminho para qualquer outra estação. E segundo que existem muitos tipos de ônibus em Curitiba e cada um tem seus pontos específicos, nem todos usam os tubos e alguns nem aceitam dinheiro. Eu usei bem pouco os ônibus urbanos, andei bastante e também usei a linha de turismo.
Passeio Público – Curitiba/ PR
Acho essa linha de turismo bastante interessante para quem não vai passar muitos dias na cidade e não vai dar tempo de se entender com a variedade de ônibus convencionais. Você compra um pacote de cinco passagens que custa R$30,00. Cada vez que embarca no ônibus, usa uma dessas passagens. O ônibus para em pontos específicos de interesse turístico e você pode escolher onde descer. Às vezes um ponto pode ser perto do outro e é possível andar entre eles e pegar o transporte em outro ponto. Esse ônibus passa mais ou menos de 30 em 30 minutos, mas devemos prestar atenção que o último sai do ponto inicial às 17:30h, então não é muito tarde. Ele leva cerca de 2:30h para completar o trajeto. Essas cinco passagens não precisam ser usadas no mesmo dia.
E por que eu achei que vale a pena? Bom, não há risco de se perder, o custo é mais alto que um ônibus normal, mas mais baixo do que duas passagens e o passeio é demorado, mas te dá uma boa oportunidade de dar uma volta na cidade. Pra saber se vale a pena, depende da localização da sua hospedagem, o tempo que tem na cidade e quanto dinheiro pretende gastar. De ônibus convencional talvez economize, mas pode se perder, de taxi, certamente será mais rápido, mas também bem mais caro.
Ópera de Arame – Curitiba/ PR
Em Curitiba conheci o Museu Oscar Niemeyer, também conhecido como Museu do Olho, o Bosque do Papa João Paulo II e o Memorial da Imigração Polonesa, o Centro Histórico, Museu Paranaense, Museu de Arte Contemporânea e passei na frente da Mesquita. Conheci também o Parque São Lourenço, o Passeio Público, a Ópera de Arame, o Parque Tingui e o Memorial Ucraniano. O Jardim Botânico, o Parque Tanguá e o Barigui eu já tinha conhecido das outras vezes em que fui. Curitiba tem muitos parques e bosques, mas na maioria dos dias em que fiquei lá o tempo estava bastante ruim e chuvoso, ótimo para museus, mas não tão bom para parques.
Passei o Natal lá e nesta época muitas coisas fecham, por isso não consegui ir ao Memorial Árabe, que fica ao lado do Passeio Público, ao Memorial de Curitiba, no Centro, à Torre Panorâmica, perto do hostel, ou à Pedreira Paulo Leminski, ao lado da Ópera de Arame.
Memorial Ucraniano – Curitiba/ PR
Gostei bastante da cidade e tive vontade de ficar mais tempo para conhecer melhor, mas ao mesmo tempo o clima frio e úmido me incomodou bastante. Acabei ficando bem mais tempo no hostel do que gostaria. Andei muito debaixo de chuva, mas depois de estar cansada e molhada, sempre acabava voltando mais cedo. O lado positivo disso foi que houve muita interação com os outros hóspedes, jogamos diversos jogos e conversamos bastante.
Parque Tingui – Curitiba/ PR
Como disse, passei o Natal por lá. Na noite do dia 24 o hostel ofereceu uma ceia, o que foi ótimo, não só porque seria difícil encontrar restaurante aberto nesse horário, mas também porque a comida estava deliciosa. Depois da ceia acabei saindo com um pessoal do hostel, foi o único dia em que conheci alguma coisa da noite curitibana.
E como era o hostel? Bom, eu realmente gostei do Motter Home, o pessoal da recepção era muito atencioso, sempre conversando, ajudando a chegar nos lugares e dando dicas do que fazer na cidade. O espaço comum era muito bom, TV, sinuca, jogos, sofás confortáveis, decoração aconchegante e uma ótima cozinha. Tinha também um espaço externo, mas como só peguei um dia de sol, ninguém estava usando muito esse espaço. Os banheiros eram bons e o quarto também. O café da manhã era bom, mas, assim como em São Paulo, senti falta de mais frutas. Era servido até 9:30h, acho que poderia ser até 10:00h.
Essa foi minha experiência em Curitiba, vocês conhecem a cidade? Me contem nos comentários.
Beijos