Oi gente,
Já falei algumas vezes da viagem que fiz no fim do ano e início de janeiro, certo? Hoje vou começar a contar mais detalhes sobre ela.
O planejamento dessa viagem começou em novembro, uma amiga perguntou se eu queria passar o Reveillon em Caraíva, Bahia. Topei e comecei a olhar passagens do Rio de Janeiro pra Porto Seguro, aeroporto na Bahia mais próximo de Caraíva. Pra sair no dia 26 de dezembro as passagens estavam caríssimas, do meu ponto de vista, impraticáveis. Passagens para Porto Seguro são caras em qualquer época do ano, mas no fim do ano tudo piora. Não lembro exatamente o preço que vi, mas era em torno de R$600,00 a R$800,00 só a ida.
Porto seguro é mais ou menos tão distante do Rio quanto Floripa, são mais ou menos 1100km, decidi que iria de ônibus. Já falei pra vocês que não aguento muito mais do que 10h em um ônibus e lembrava que em 2003, viagem com a escola, fizemos Rio – Porto Seguro em 18h. É demais pra ir em um dia, mas ótimo pra ir em dois. A única capital que fica no caminho é Vitória, olhei as distâncias e passagens e as divisões ficavam ótimas. Eu gosto de escolher capitais e cidades grandes porque têm muito mais opções de ônibus intermunicipal, sempre têm alguma opção de lazer, dá pra se locomover sem problemas de transporte público e o Google Maps funciona razoavelmente.
O esquema da viagem seria o mesmo que já fiz algumas vezes, Rio – Vitória durante a noite do dia 24 para 25, passar o dia 25 em Vitória e na noite do dia 25 embarque para Porto Seguro, chegando dia 26 de manhã. Pesquisei um pouco e decidi que passaria o dia em Vila Velha, cidade ao lado de Vitória. Passei o Natal viajando, assim como ano passado, minha família meio que não comemora mais, então preferi ganhar esses dois dias do que sair dia 26 e chegar em Caraíva só no dia 28.
Cheguei em Vitória bem cedo e num dia de muito sol. Esperei algumas horas ainda na rodoviária, guardei a mochila no guarda-volumes e fui rumo à praia da Costa. Tive que pegar dois ônibus, um até o terminal de Vila Velha e outro até a praia, mas foi bem fácil, o ponto de ônibus é super perto da rodoviária e saltei bem na frente da praia mesmo, nem tem como errar. Era Natal, mas era também feriado de sol, então a praia estava bem cheia. Eu só passeei pela praia, no calçadão e na beira do mar mesmo, pela areia, mas não cheguei a entrar no mar. Decidi não ir de biquíni porque não sabia se ia conseguir tomar banho, já que não ia me hospedar em nenhum lugar e porque estava com a câmera, não queria largar ela na areia e entrar na água numa cidade que não conheço. Se fosse Floripa, com certeza eu faria isso.
Passeei bastante tempo na praia mesmo e nas praias vizinhas, praia da Sereia e praia de Itaparica. Em alguns momentos consegui um lugar para sentar na sombra e fiquei só curtindo e lendo. Morri de vontade de entrar na água, estava realmente quente, mas eu sabia que estava indo pra Bahia e muitos dias de praia me aguardavam. Quando cansei caminhei até o convento (com ajuda do Google Maps) e decidi visitá-lo. Na verdade eu já tinha conhecido esses dois lugares, tanto o convento quanto a praia da Costa, mas é tão bonito que não tinha problema voltar.
O convento da Penha fica no alto de um morro com 154m de altura e de lá temos uma vista linda de Vila Velha e também de Vitória incluindo uma das pontes que ligam as duas cidades, vale muito a pena ir mesmo pra quem não é religioso. Abre de segunda a sábado das 5:15h às 16:45 e domingos das 4:15h às 16:45h. Eu fui no dia de natal, então estava tendo diversas missas, se você se interessar, tem o horário delas no site.
Chegando embaixo do convento, no portão, dá pra pegar uma van que sobe e desce o morro ou subir a pé. Eu não me lembrava disso e, como não tinha van disponível assim que cheguei, achei que tínhamos que ir a pé mesmo. Como não peguei não sei exatamente quanto custa, mas algo em torno de uns R$3,00 apenas para subir ou descer e R$5,00 para subir e descer. A subida não é muito longa, então se quiser economizar, vá a pé. Existem duas subidas, uma ladeira mais íngreme e mais rápida, a ladeira dos penitentes, ou o caminho do carro, menos inclinado, mas também mais longo. Adivinhem qual escolhi? Pois é, a ladeira dos penitentes. Não recomendo, o chão é de uma pedra que escorrega bastante (eu estava de chinelo) e ela é realmente íngreme, vi até uma mulher deitada na trilha, passando mal e a família abanando. Vai por ela só se você realmente estiver pagando uma penitência.
Lá de cima a vista é realmente linda, estava um dia magnífico e passei um bom tempo admirando vários ângulos da cidade. Mesmo com a cantina fechada, o convento disponibiliza bebedouros e eu pude encher minha garrafinha, mas não havia venda de comida. Em outros dias, que não sejam feriados, a cantina deve estar aberta, assim como uma lojinha de lembranças e artigos religiosos.
Desci do convento a pé também, mas com medo de escorregar, escolhi a ladeira dos carros dessa vez. Depois ainda cheguei a dar uma volta nos arredores e conhecer uma praça ali perto, mas não tinha nenhuma sombra (minha ideia era sentar na sombra e ler um pouco), então acabei voltando para a rodoviária. Lá eu pude carregar o celular e até tomar um banho delicioso. Eu não entrei no mar, mas suei tanto, que só pensava na tristeza de não haver um banho, encontrei na rodoviária mesmo, um bem agradável e pude pegar o ônibus limpinha para a próxima etapa da viagem.
Eu levei comida para esse trecho da viagem, então não gastei praticamente nada em Vila Velha, só mesmo a passagem de ônibus, o banheiro da rodoviária e uma pasta de dente (que eu não levei de propósito, né? esqueci que ia passar o primeiro dia sozinha, tive que comprar).
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Beijos