Arquivo da tag: Cabelo

Estereótipos de gênero e o cabelo curto

Oi gente,

Até 2008 eu tinha um cabelo enorme e cortei na altura do queixo. De lá pra cá tive diversos cortes entre médios, curtos e curtíssimos e também diversas cores de cabelo.

cabelo-curto-padrão-de-beleza-estereótipo-de-gênero-feminismo-isso-aquilo-e-tal

Meu cabelo

Acho que todo mundo concorda que na nossa sociedade o cabelo mais aceito como “de mulher” é o cabelo comprido, é só a gente olhar em volta, a maioria dos homens tem cabelo muito mais curto que a maioria das mulheres. Ter cabelo comprido é algo que nos ensinam desde criança que é de menina, feminino, sensual, que deixa qualquer mulher mais bonita.

Então a gente não seguir isso que foi imposto é quebrar estereótipo de gênero. Pois bem, até sexta eu estava com o cabelo curto para médio, por mais que fosse um cabelo curto “para mulher”, ainda era um cabelo feminino (que diabos é um cabelo feminino, serio?). Pois bem, agora ele está curtíssimo.

Não é a primeira vez que uso um curtíssimo, então não é a primeira vez que enfrento a dificuldade de quebrar estereótipos de gênero. E ir contra o padrão definitivamente não é fácil.

AOL Build Speakers Series - Sacha Baron Cohen and Gabourey Sidibe, "The Brother Grimsby"

Atriz Gabourey Sidibe

Eu tenho plena noção de que estou bem dentro dos padrões estéticos e, mesmo assim, só por ter o cabelo curto, já sinto pressão, imagina quem realmente está fora dos padrões impostos ou realmente desafia os estereótipos de gênero.

Eu adoro meu cabelo curto (e por isso que cortei), mas nem por isso deixo de sentir pressões ou ouvir (mesmo sem perguntar ou ter pedido opinião) que eu fico melhor de cabelo comprido ou da cor natural. Inclusive percebi que com o cabelo mais curto acabo usando maquiagem com mais frequência como que para compensar a falta de “feminilidade” dos cabelos curtos.

cássia-eller-padrão-de-beleza-estereótipo-de-gênero-feminismo-isso-aquilo-e-tal

Cássia Eller

Tem dias que consigo ignorar melhor os estereótipos , mas em outros acabo cedendo. Não é fácil amar um corpo gordo, um rosto com cicatrizes e manchas, um nariz mais largo, um cabelo crespo ou mesmo um curto, mas acho que o primeiro passo é tomar consciência da opressão e questionar, questionar sempre.

Para me acompanhar sigam meu Instagram e a página do Facebook. Para receber os posts no seu e-mail, basta seguir o blog.

Beijos